> terra ancestral i <


Como se sabe (ou supõe) desde o advento da relatividade geral, a gravidade não é mais do que a deformação do espaço-tempo resultante da existencia de massa, ou seja, onde há massa há deformação do espaço-tempo, quanto mais massa, maior a deformação (maior a gravidade sentida por um observador).
Curiosas conclusões podem-se retirar desta afirmação, sendo das mais interessantes a dedução da existência de buracos negros e a deformação da observação pela proximidade de massas consideráveis.
Esta última afirmação é de tal maneira clara que foi mesmo deduzida antes de ter sido observada experimentalmente por Sir Arthur Eddington, constatando a deformação do tapete estrelar junto ao anel solar durante um eclipse do mesmo.
É deveras interessante que vejamos em curva, ou melhor que vejamos em linha recta, mas que essa recta seja curva ou geodésica se preferirem, uma vez que isso corta a homogeneidade da nossa observação do universo.
Na verdade não vemos a direito, mas sim quase sempre a direito, à escala cósmica, o que vemos junto a uma estrela maciça está na realidade ligeiramente "ao lado".
Mas mesmo a deformação espacial de uma estrela afecta em pouco a luz que vem de um objecto distante. A zona de maior distorção espacial encontra-se junto à superfície exterior da mesma e embora a gravidade (o efeito visivel da deformação espaço-temporal) aumente proporcionalmente à massa da estrela, também diminui com o quadrado da distância ao centro de massa desta, pelo que, para uma estrela normal, o efeito máximo do que descrevo é quase desprezivel.